Todos os anos, com a aproximação do Natal, assistimos a ações mais ou menos criativas por parte dos executivos camarários para tornar as suas cidades mais atrativas e fomentar o consumo no comércio local. Em Gondomar, a aposta é feita numa fórmula repetida até à exaustão e sem ganhos claros para as pessoas e os seus negócios: a exacerbada iluminação Natalícia nas ruas.

À falta de criatividade, de ousadia ou de vontade de fazer diferente, opta-se pela receita mais fácil, mas com menos ganhos. Até nisto, as prioridades do executivo são questionáveis. Faz algum sentido que o mais pobre concelho limítrofe do Porto, com a quinta fatura da água mais cara do país, ou o IMI médio mais alto do distrito, seja também o quarto com o maior gasto em iluminação de Natal? Qual é o sinal que é dado aos munícipes sobre a importância relativa que damos aos problemas? Talvez seja uma forma de ostentação, para nos distrair de outros problemas.

Falta é luz ao executivo para distribuir melhor a despesa no orçamento. Dinheiro que poderia ser dirigido a alavancar o comércio local de outra forma que, após quase 2 anos de suplício, não tem mais que luzinhas para resolver os seus males.

Como esta despesa, existem outras tantas que não se adequam à realidade gondomarense e, por isso, a Iniciativa Liberal questiona as decisões de gestão financeira deste executivo que, numa época que se tem revelado tão difícil para muitas famílias, prefere ofuscar os gondomarenses com luzes enquanto os principais problemas do concelho ficam por resolver na sombra.